domingo, 11 de setembro de 2011

O toque na medida certa A drenagem linfática pode ser uma aliada da gestante para aliviar o inchaço da gravidez — mas só se feita da forma correta


(41) 8808-3757


Mulher é um bicho esquisito. Grávida então, nem se fala. Quando estamos no "estado interessante", nosso corpo tem um aumento do volume sanguíneo que varia de 30% a 50%, e essa alteração é maior em volume plasmático. Ou seja, temos a capacidade de reter em nosso organismo um volume de água até 8 litros acima do normal. O hormônio progesterona é o responsável por essa situação. Somem-se a isso: bebê + placenta + líquido amniótico e, é claro, algumas gordurinhas daquela fatia de bolo de chocolate à qual você não resistiu. Pronto! Dá-lhe desconforto, inchaço e sensação de peso nos pés e nas pernas. Uma alternativa para aliviar o mal-estar é a drenagem linfática, técnica que estimula o sistema linfático por meio de massagens, eliminando o excesso de líquidos e toxinas pela urina.

Mas a história não é tão simples assim. Como tudo que se faz durante a gravidez, com essa massagem também precisa-se ter cautela. Uma drenagem linfática mal executada pode estimular as contrações uterinas e causar até a precipitação do parto a partir do sexto mês de gestação. Também pode comprometer a circulação e causar hematomas. "Considero que nem 10% das drenagens são realizadas de forma correta. Não existe nenhum estudo científico sobre o risco desse tratamento. Mas, por precaução, prefiro que minhas pacientes optem por outras atividades, como a hidroginástica", afirma o coordenador do Pré-natal Personalizado da Unifesp, Abner Lobão. "Acho temerário alterar o nível do sistema hídrico da gestante. O volume de água e de sangue aumenta justamente para compensar a perda líquida na hora do parto", conclui.
A preocupação do médico tem fundamento. No consultório de outro colega, o também obstetra Sang Cha, três pacientes entraram em trabalho de parto logo após sessões de drenagem linfática. Mesmo assim, o médico é favorável a ela. "Acho a drenagem benéfica porque propicia o relaxamento da gestante e drena o excesso de líquidos quando o sistema linfático não é capaz de eliminar sozinho. Só não deve ser feita mais que duas vezes por semana e apenas até o sexto mês. O profissional deve conhecer a fisiologia do corpo e, principalmente, antes de iniciar uma sessão perceber se o útero não está contraído", explica Cha, que também é responsável pelo Serviço de Medicina Fetal do Laboratório Fleury e especialista em gestações de alto risco. Para não ter contratempos, procure uma massoterapeuta para fazer a drenagem.


O melhor é procurar um MASSOTERAPEUTA para fazer a massagem

Com a palavra: as donas da barriga
Controvérsias à parte, grávidas e ex-grávidas reconhecem no próprio corpo o bem-estar após a drenagem. É o caso da psicóloga Mirela Boccardo. Grávida de sete meses, ela sente as pernas mais leves após a sessão. Mas também pôde comprovar a diferença entre uma drenagem feita em clínica de estética e outra realizada por fisioterapeuta. "No início da gestação, soube que seria bom fazer drenagem. Fiz várias sessões e, realmente, me sentia bem melhor. Mas percebi que algo estava errado na pressão das mãos do massagista. Procurei uma massoerapeuta e vi a diferença. Os movimentos são bem mais leves e rítmicos. É imbatível a sensação de relaxamento", conta a psicóloga, que também faz ginástica para gestantes e RPG. Mãe de João Pedro, de 1 mês, a empresária Georgiana Faria concorda: "Não sofri com dores nas costas nem com inchaço nos pés e nas pernas. Além disso, tive um parto natural maravilhoso e, coincidência ou não, fiz drenagem até o sétimo mês. Pretendo voltar a fazer assim que o meu médico permitir", afirma ela, que se submeteu à drenagem com massoterapeuta.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Escolha da carreira estressa mais os estudantes do que o vestibular, veja como a massagem pode lhe ajudar!

Certo nível de estresse é benéfico ao desempenho e à sobrevivência, mas a constante ou inadequada resposta de estresse pode trazer sérios riscos à saúde e prejudicar o desempenho.
Estudos com vestibulandos justificam-se pela alta concentração de cortisol encontrada em amostras de saliva coletadas nos meses em que são feitas as inscrições e nos dias dos exames vestibulares.
Este trabalho propõe não somente avaliar os índices de estresse, mas também uma alternativa de abordagem terapêutica não medicamentosa para reduzir os índices de estresse no período que antecede o vestibular e, com isso, melhorar o desempenho nas provas.
Em um primeiro estudo, o índice de estresse percebido foi avaliado em estudantes matriculados em um curso pré-vestibular, nos meses de março, setembro e novembro utilizando-se o Questionário de Estresse em Adolescentes (QEA). Os escores obtidos no QEA foram mais baixos em março do que em setembro e novembro, maior nas meninas que nos meninos e ainda diferentes entre os turnos matutino, vespertino e noturno. No estudo 2 uma mostra de 32 voluntários foi submetida à terapia manual de mobilização muscular e da fáscia, em duas sessões semanais, de 40 minutos, de setembro a novembro.
Outro grupo não recebeu o tratamento. O índice de estresse percebido foi avaliado em setembro e, juntamente com a memória declarativa de curto e longo prazo, também na semana que antecedeu o exame vestibular.

A concentração salivar de cortisol foi determinada em setembro e no dia do exame.
Vestibulandos tratados não apresentaram aumento da concentração salivar de cortisol momentos antes da prova, ao contrário do que ocorreu com aqueles do grupo controle; apresentaram também menor escore no QEA, melhor desempenho nos testes de memória, e maior índice de aprovação na primeira fase do vestibular.
Concluímos que a intervenção da massagem aplicada foi eficiente em reduzir o índice de estresse dos vestibulandos e resultou em melhor desempenho no exame.